Quem trocou a alma pela palma
E vendeu a sua calma
Nos mercados da paixão
Quem rasgou a seda da ternura
Nas barracas da amargura
E do fel se embriagou
Derramou toda a tinta do tinteiro
E não fez um verso inteiro
Que falasse do perdão ah
Quem se perdeu do amor humano
É como tesoura cega
Não tem mais direito ao pano
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